Centro de estudo congrega conhecimento e realiza intercâmbio com o universo acadêmico
19 de novembro de 2018 - 17:30 #CentroDeEstudos #DezAnos #Especial #PorDentroDaPefoce
A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), como um órgão tecnocientífico que produz provas a partir da ciência, se alicerça também no campo acadêmico e de pesquisa. Para isso, há em sua sede, o Centro de Estudos Professor José Carlos Ribeiro. Espaço dedicado aos profissionais do campo da ciência forense, alunos universitários e servidores que queiram pesquisar, ler ou desenvolver alguma pesquisa ou simplesmente adquirir mais conhecimento em alguma área da ciência forense.
Criado em 2013, o Centro de Estudos leva o nome professor José Carlos Ribeiro, médico cearense que se formou no Rio de Janeiro e depois regressou para exercer a profissão em seu estado de origem. Dedicado à medicina e buscando melhorias para a área, no decorrer de sua prestação de serviço junto à população, José Carlos Ribeiro tornou-se o primeiro presidente do conselho de medicina do Estado e também foi fundador e coordenador da primeira Faculdade de Medicina do Ceará, da Universidade Federal do Ceará (UFC), onde foi o primeiro professor especialista em Medicina Legal. José Carlos Ribeiro também foi diretor do Instituto Médico Legal (IML) no período de 1956 a 1980
O Perito Geral adjunto do Pefoce, Victor Hugo, ressalta que o espaço é de extrem importância, pois, por se tratar de um órgão que atua junto à ciência, é fundamental existir esse local físico que agrupasse subsídios para que se pudesse estudar. “O Centro de Estudos reúne um material atualizado. Temos livros, computadores e pesquisas que estão arquivadas no nosso acervo para consulta. O perito pode pesquisar e se atualizar para fundamentar melhor um laudo. E todos os servidores podem usufruir do espaço, ler um livro e estudar. É um local de congregação e conhecimento”, conta.
Visitas
O Centro de Estudos faz a ponte entre a academia e a Perícia Forense. Desde a sua inauguração já passaram mais de 10 mil alunos universitários para visitações, palestras e aulas práticas. Somente neste ano, foram cerca de 1.800. Para que as aulas e visitas técnicas sejam realizadas, é necessário fazer a solicitação através de ofício e preencher todos os quesitos necessários conforme as normas de visitação e uso do espaço
Pesquisa
Atualmente, no Centro de Estudos, ocorre o acompanhamento de diversas pesquisas acadêmicas. De acordo com a coordenação do local, somente neste ano, foram cerca de 20 projetos aprovados, destes, dez já foram concluídos. As pesquisas realizadas são para diversas modalidades, como teses de doutorados, mestrados, trabalho de conclusão de Curso (TCC), artigos acadêmicos, entre outros. A grande maioria dos trabalhos desenvolvidos são sobre a área da saúde, especialmente, medicina legal. Porém, há projetos sobre odontologia forense, análises laboratoriais forenses, local de crime e outros setores do vasto campo de atuação da perícia forense.
Curiosidades
O Centro de Estudos também abriga equipamentos históricos de investigação criminal como câmeras, balanças, aparatos para calcular substâncias químicas de décadas passadas, além de preservar alguns dos documentos mais antigos do Ceará; o primeiro registro de identidade civil, que foi do então Presidente do Ceará, Ildefonso Albano, datado em 31 de outubro de 1923, e dividindo a mesma parede de um pedacinho da história, está também o registro civil (nº19) do primeiro médico legista do Ceará; Dr. Amadeu Furtado, datado em 6 de novembro de 1923.
Acesso
O espaço conta com um acervo cultural com itens históricos ligados à investigação criminal, peças anatômicas para estudo do corpo humano, livros, computadores, mesa para reuniões e debates. Além das universidades, que têm acesso mediante solicitação através de ofício, os servidores podem ir ao local ler livros e desfrutar do acervo de pesquisas. A biblioteca dispõe de obras específicas no campo da medicina legal, odontologia, criminalística e outros títulos abrangentes da área tecnocientífica. O Centro fica acessível durante todos os dias da semana em horário comercial para servidores e funcionários. Os servidores podem retirar livros emprestados por seis dias prorrogáveis.
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