Núcleo de Balística dispõe de equipamentos de última geração para confecção de laudos
17 de dezembro de 2018 - 18:16 #Copec #Nubaf #Núcleo de Balística Forense #PorDentroDaPefoce
Nas perícias de local de crime busca-se coletar o máximo de vestígios possíveis para que se tenha uma prova material irrefutável. E nas ocorrências que envolvem uso de arma de fogo é comum encontrar vestígios bem peculiares, tais como cápsulas deflagradas, estojos e projéteis, que são fragmentos de munições utilizadas em disparos de arma de fogo. Em alguns casos, as armas também são deixadas para trás ou são apreendidas com suspeitos. Deter alguém em circunstâncias de flagrante delito de crime à mão armada ou porte ilegal de arma de fogo é uma das atribuições da Polícia, mas comprovar que as munições encontradas em determinado crime vieram da determinada arma que o suspeito portava já é um trabalho para o Núcleo de Balística Forense (Nubaf) da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce).
Uma das perícias realizadas pela equipe do Nubaf consiste em atestar se determinado projétil saiu de uma arma específica ou se as cápsulas de munições pertencem a mesma arma. Descobrir este detalhe pode ser crucial para elucidar um crime de homicídio e o indiciamento de um suspeito do crime, por exemplo. Para analisar esse tipo de vestígio, a Pefoce conta com equipamentos modernos de última geração que compõem o laboratório balístico do Nubaf.
Atestar a eficiência das armas recolhidas em locais de crime ou encaminhadas por autoridades policiais para saber se elas disparam, efetuar exame de comparação balística, testes em munições e exame de disparo acidental são as principais perícias realizadas pelo Nubaf. E, para obter mais precisão nas análises, testes e no resultado dos laudos, o Núcleo de Balística realiza seus exames com equipamentos de última geração. A câmara de recolhimento de projétil e os comparadores balísticos permitem um trabalho mais otimizado e uma análise mais detalhada de todo o percurso que a munição faz ao sair da arma. O supervisor do Nubaf e perito criminal Gervásio Castro e Silva conta que o equipamento de recolhimento de projéteis, por exemplo, agiliza todo o trabalho no que se refere ao teste de eficiência e disparo de arma, que são rotineiros.
Além da coleta de projéteis, o núcleo possui dois comparadores balísticos. Os microscópios permitem, com maior segurança, a positivação ou não de exames de microcomparação balística por meio de elementos técnicos. Eles possuem ferramenta em 3D, produção de imagens através de camadas, possibilidade de utilização de medidas no momento da comparação, entre outros. Com eles, é possível fazer a análise simultânea com imagem de alta definição entre os projéteis e estojos coletados em locais de crime ou que são removidos de corpos que dão entrada na Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) vítimas de ferimentos ocasionadas por arma de fogo. A partir da análise é possível constatar se projéteis e estojos partiram de uma mesma arma. Caso a arma em questão tenha sido apreendida e periciada, é possível constatar se os padrões dos projéteis pertencem a ela ou se são de uma outra arma. “Nós dispomos de equipamento e tecnologia de ponta para auxiliar da melhor forma possível nas investigações criminais com a produção dos nossos laudos”, finaliza o perito Gervásio.