Perito legista da Pefoce é premiado em congresso internacional de toxicologia Forense, na Nova Zelândia

1 de dezembro de 2025 - 08:32 # # # #

 

O perito legista Tarcisio Corrêa, do Núcleo de Toxicologia Forense da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), participou, entre 23 e 27 de novembro, do 62º Annual Meeting da The International Association of Forensic Toxicologists (TIAFT), realizado em Auckland, na Nova Zelândia, um dos principais eventos da toxicologia forense mundial.

A ida do perito ao congresso foi viabilizada pelo TIAFT Travel Grants Award, destinado a membros que atuam de forma ativa na área, comprovam necessidade de apoio financeiro, apresentam pesquisas de alto nível aceitas pela organização e atendem a critérios específicos do programa.

Durante o encontro, Tarcisio apresentou dois estudos sobre aplicações de inteligência artificial na toxicologia forense. O primeiro, exibido em formato de pôster e intitulado “Attention-based Graph Neural Networks Improve Retention Time Prediction of New Psychoactive Substances in Forensic Toxicology”, demonstra como redes neurais baseadas em mecanismos de atenção podem melhorar a previsão do tempo de retenção de novas substâncias psicoativas. O trabalho garantiu ao perito o prêmio de Melhor Apresentação, tornando-o o primeiro brasileiro a receber a honraria.

Ele também realizou a apresentação oral do estudo “AmberNPS 2.0: A Multitask Deep Learning Model for Predicting Lethal Concentrations of New Psychoactive Substances”, que aborda o desenvolvimento de um aplicativo voltado à estimativa de concentrações letais de novas drogas. A participação do perito reforça o compromisso da Pefoce com a produção científica de excelência e aproxima a instituição das discussões mais avançadas no cenário internacional da toxicologia forense.

Tarcísio Corrêa destacou a importância da participação em eventos internacionais para o avanço da toxicologia forense no Brasil. Segundo ele, a oportunidade de representar o país em uma conferência especializada ampliou seus horizontes profissionais e reforçou o papel do perito como agente de produção científica.

“A concessão da bolsa para participar da conferência me permitiu uma troca muito rica de conhecimentos com cientistas de renome da área de toxicologia forense, vindos de várias partes do mundo. Foi uma experiência que certamente me engrandeceu como profissional e, ao mesmo tempo, contribuiu para o meu desenvolvimento pessoal. O prêmio que conquistei reforça o papel do perito em toxicologia não apenas como um técnico que produz laudos, mas como alguém que, pela sua expertise, também pode ser produtor de ciência e inovação”, enfatizou o perito.