Ceará participa da Campanha Nacional de Coleta de DNA para Identificação de Pessoas Desaparecidas, lançada nesta terça-feira pelo MJSP
5 de agosto de 2025 - 15:28 ##pefoce #CampanhaDNA2025 #Desaparecidos
Ação acontece entre os dias 5 e 15 de agosto e busca ampliar o banco de dados genéticos em todo o país. Estado já contabiliza identificações em edições anteriores.
O Estado do Ceará está engajado na edição 2025 da Campanha Nacional de Coleta de DNA de Familiares de Pessoas Desaparecidas, lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), com início nesta terça-feira (5), e atividades programadas até o dia 15 de agosto. A ação ocorre simultaneamente em todo o Brasil e tem como objetivo ampliar o Banco Nacional de Perfis Genéticos, fortalecendo a política pública de identificação, por meio da ciência, de pessoas desaparecidas.
Coordenada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), a campanha conta com a participação de laboratórios de genética forense, delegacias especializadas e instituições estaduais. No Ceará, os trabalhos são realizados pela Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), que atua diretamente na coleta, análise e cruzamento dos perfis genéticos, em parceria com a atuação da Polícia Civil do Estado do Ceará.
Para participar, os familiares de pessoas desaparecidas devem apresentar documento de identificação pessoal e o boletim de ocorrência do desaparecimento, registrado em qualquer estado da federação. Os pontos de coleta no Ceará estarão disponíveis no site oficial da campanha.
A iniciativa também articula uma força-tarefa nacional para agilizar a análise de perfis que ainda aguardam processamento, otimizando a identificação de pessoas falecidas ou vivas sem identidade confirmada. A expectativa é dar respostas a famílias que convivem com a ausência e a incerteza, utilizando ferramentas científicas para reconstruir histórias interrompidas.
Como participar
Famílias que enfrentam a dor e a incerteza do desaparecimento de um ente querido podem participar da campanha de forma simples e gratuita. Basta comparecer a um dos 10 núcleos da Pefoce no estado, portando um documento de identidade, o Boletim de Ocorrência do desaparecimento e, se possível, objetos pessoais da pessoa desaparecida para auxiliar na análise genética.
A coleta de DNA é rápida, indolor e não exige agendamento. São preferencialmente acolhidos parentes de primeiro grau, como pais, filhos, irmãos ou genitores dos filhos da pessoa procurada. O material genético será inserido nos bancos estadual e nacional de perfis genéticos, permitindo a comparação com amostras de pessoas não identificadas em todo o Brasil.
Caso haja correspondência, a família será notificada pela Pefoce, que também oferece apoio psicológico e social quando necessário. A identificação de uma pessoa desaparecida representa não apenas um avanço científico, mas um gesto de humanidade que devolve dignidade e esperança às famílias.
A campanha reforça a importância da participação da sociedade no enfrentamento desse problema e destaca o papel da tecnologia forense na busca por respostas.
Resultados no Ceará
Esta é a terceira edição da campanha nacional. Em 2024, foram coletadas 1.645 amostras em todo o país e 35 pessoas foram identificadas, sendo quatro no Ceará. Os resultados reforçam o papel estratégico da participação do estado nas ações integradas de busca por pessoas desaparecidas.
Histórias que inspiram
Durante o lançamento nacional da campanha, em Brasília, também será apresentado o caderno digital “Transformando Números em Histórias”, publicação que reúne relatos de pessoas identificadas na edição anterior da campanha. A proposta é dar visibilidade às histórias reais por trás dos dados, sensibilizando outras famílias a participarem da iniciativa.
A campanha é uma oportunidade para que mais famílias cearenses encontrem respostas e para que o trabalho integrado entre órgãos estaduais e federais continue fortalecendo políticas públicas voltadas à dignidade e à memória dos que ainda não foram encontrados.