Software Galileu, desenvolvido pela Pefoce, completa cinco anos de criação

2 de abril de 2024 - 08:34 # # # #

Nesta segunda-feira (01/04), o aplicativo Galileu, ferramenta inovadora desenvolvida e implementada para otimizar, agilizar e integrar os trabalhos da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), completa cinco anos de criação, com inúmeros benefícios, vantagens e mais celeridade no trabalho pericial. A ferramenta, criada em 2019 pela Coordenadoria de Tecnologia e Informação (CTI) da Pefoce, foi um dos dez destaques nacionais na 1ª Exposição On-line de Boas Práticas Tecnológicas na Segurança Pública da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), realizada em dezembro do ano passado.

O sistema, que atualmente, é modelo para outros estados, mudou a forma como os peritos estavam acostumados a atuar, possibilitou o rastreamento dos vestígios da cadeia de custódia e deu mais agilidade à reunião das informações colhidas nas ocorrências e à criação de laudos periciais, já que o trabalho passou a ser feito de forma automatizada e integrada e as informações passaram a ser registradas em tempo real. O Ceará foi o primeiro estado do Nordeste a ter um aplicativo com estas características e inovações.

Como funciona

Além de substituir o registro do laudo em papel, o Galileu é capaz de acessar bancos de DNA, armazenar fotos do local do crime e informações sobre os objetos encontrados na cena da ocorrência. Hoje, o software realiza a integração de todo o trabalho da perícia forense e é utilizado em todas as coordenações, seja na produção do laudo, na atividade final ou em áreas administrativas.

De acordo com o Coordenador da CTI da Pefoce, Luciano Freire, que foi um dos criadores do Galileu, fora todos esses avanços, um dos principais destaques do sistema é que ele oferece um dashboard capaz de promover o acompanhamento da produtividade e o seguimento das atividades. “Além disso, ele encaminha o laudo de forma digital para o sistema da Polícia Civil, dando mais celeridade ao processo e trazendo redução nos custos econômicos. Essa economia foi importante também no desenvolvimento do sistema, pois nós só utilizamos tecnologias livres”, complementou o coordenador.

A tecnologia utilizada permite ainda coletar dados, fotografar, gravar áudio e gerar o laudo no final do procedimento, possibilitando também, por exemplo, que o perito registre fotos de impressões digitais e as envie direto do local do crime para o banco de dados da Pefoce.

Para Luciano, além do rastreamento da cadeia de custódia, as inovações mais relevantes, ao longo desses cinco anos, foram o aumento da eficiência na produtividade e da segurança da informação e a integração da base de dados com os órgãos de segurança pública, Tribunal de Justiça e Ministério Público.

Colaboração com a DHPP

O coordenador da CTI destacou, ainda, que uma inovação mais recente, também promovida pelo Galileu, foi a colaboração com o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) da Polícia Civil do Estado do Ceará, na busca por pessoas desaparecidas. O software possibilita, por exemplo que, corpos que foram identificados mas a família não procurou, possam ser vistos e reconhecidos por meio de fotos em um banco de dados. “Hoje, quando buscamos no Galileu, temos acesso a todos os laudos referentes àquele corpo e, inclusive, a fotos de objetos pessoais coletados junto à vítima”, explica Luciano.

Por fim, o coordenador informou que o aplicativo promove também uma integração com o Ministério Público pois, “por meio da consulta integrada, na qual o Galileu fornece o laudo digital, eles têm acesso às informações de forma mais rápida”.