Dia dos Profissionais de Tecnologia da Informação: especialistas têm papel estratégico no controle de informações, dados e combate ao crime

19 de outubro de 2022 - 13:48 # # # # #

Muito mais do que ‘entender de computador’. O Dia do Profissional de Informática é celebrado hoje, 19 de outubro, data também conhecida como o Dia do Profissional da Tecnologia da Informação (TI), que homenageia as pessoas que se dedicam e trabalham nessa referida área. A profissão surgiu em meados da década de 60, e evolui no mesmo ritmo dos avanços da internet e da modernidade dos dispositivos. Na Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), os profissionais dessa área atuam em duas coordenadorias que desenvolvem distintas funções, mas igualmente imprescindíveis para a instituição, sendo estes, o Núcleo de Perícia Tecnológica e Apoio Técnico (NPTAT), da Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec); e a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI).

Informática Forense

No NPTAT estão lotados peritos criminais especialistas e com formação nas áreas da Tecnologia da Informação, que aplicam o conhecimento e as técnicas para detectar e filtrar dados importantes sobre crimes que tenham sido executados ou articulados por meio de dispositivos tecnológicos. Os peritos de informática forense atuam, principalmente, na extração e perícia de informações de aparelhos celulares, computadores, tablets, HD e outros dispositivos de armazenamento e mídias para dar suporte em investigações criminais de diversos tipos.

A atuação da informática forense é essencial nas investigações que envolvem exploração sexual de crianças e adolescentes em âmbito virtual, visando identificar crimes de pornografia infantil. Também atuam em processos de fraudes digitais, como clonagem de cartões e roubo de dados pessoais. Os peritos do NPTAT também são acionados para analisar informações contidas em aparelhos celulares de criminosos. No setor também há uma equipe de peritos que atua nas perícias de autenticidade de vídeos e áudios. Eles comparam imagens, identificam objetos, pessoas e locuções que possam esclarecer informações acerca dos mais variados crimes que tenham sido registrados através de mídias audiovisuais.

O perito criminal Ravi Veloso, que é formado em ciência da computação, fala sobre a rotina no núcleo e os principais casos. “Aqui, os peritos de computação têm como principal solicitação os aparelhos celulares que são apreendidos em locais de crimes ou com os investigados. As pessoas, que passam por algum tipo de investigação por terem cometido algum delito, na maioria das vezes nem é um crime relacionado a crimes virtuais. Muitas vezes é homicídio ou tráfico de drogas”, explicou.

Tecnologia e soluções

Fora do âmbito investigativo, mas também com a aplicação de tecnologia, processamento de dados, gerenciamento, programação de sistemas e soluções tecnológicas, a Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) é o setor estratégico da Pefoce que dá suporte direto a todas as outras coordenadorias e à gestão da instituição. Com programadores, administradores de banco de dados, analistas de segurança, analistas de sistemas, entre outros profissionais, a CTI trabalha diariamente no acompanhamento e gerência dos projetos da Pefoce. O trabalho possibilita perceber os pontos de melhorias, provendo soluções e criando ferramentas de comunicação entre as plataformas e estruturas presentes no Estado para melhorar as condições de trabalho dos usuários.

Os profissionais, que fazem parte da CTI, são responsáveis pela boa interação entre usuários e computador, criação de softwares, suporte técnico, organização de banco de dados, configurações em redes de computadores e muitas ações em desenvolvimento.

João Mesquita, coordenador da CTI da Pefoce, explica sobre a importância dos profissionais de TI e como eles atuam na coordenadoria promovendo soluções e fluidez na rotina da Pefoce. “Quem mexe com tecnologia geralmente fica aficionado em desenvolver algo novo, em poder servir de apoio para uma pessoa que está passando por alguma dificuldade no manuseio de algum equipamento eletrônico ou uso de programa. Além de fornecermos soluções alinhadas com a autogestão e as outras coordenadorias, a CTI também fornece o treinamento de capacitação. Requer muito do profissional TI tempo dedicado. Analisar linhas de código e desenvolver soluções usando o raciocínio lógico não é muito fácil, é bem difícil”, analisou.

Sistema Galileu

E justamente pensando em promover soluções e fluidez no trabalho dos servidores, a CTI da Pefoce desenvolveu o “Sistema Galileu”, que armazena e gerencia digitalmente todos os tipos de informações sobre os procedimentos periciais realizados pela Pefoce. Com a ferramenta, a custódia dos vestígios fica mais organizada e segura, pois, ao serem recebidos pela Pefoce, recebem um código identificador – QR code –  e lacre de segurança, que são facilmente rastreáveis e monitorados internamente, permitindo o gestor identificar, em tempo real, em qual etapa determinada perícia está ou se ela já foi concluída. Com o Galileu, os laudos também são assinados e liberados digitalmente para as delegacias, proporcionando grande economia de tempo entre a conclusão do laudo pericial e a entrega à autoridade policial requisitante.

“O Galileu é uma ferramenta que foi desenvolvida especificamente para as atividades desenvolvidas aqui na Pefoce. Tanto para medicina legal, para os laboratórios de análise forense, para a perícia externa e em alguns casos da Coordenadoria de Identificação Humana e Perícias Biométricas (CIHPB), ou seja, as quatro coordenadorias de atividade finalística são atendidas dentro do galileu”, disse Mesquita.

Novos softwares

Aptos a desenvolver soluções tecnológicas que suplementam e que complementam as atividades periciais desenvolvida na Pefoce, a CTI também tem tem como objetivo aprimorar as soluções tecnológicas já existentes, onde é possível as coordenadorias da Pefoce se comunicarem, inclusive, fazendo interoperabilidade, ou seja, atuando em conjunto, com o sistema da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE).

“Fora o Galileu, nós temos outras soluções desenvolvida aqui na CTI, que é o aplicativo do perito local de crime, que permite o profissional da atividade-fim levar uma extensão (do Galileu) para rua. Já do local de ocorrência, ele pode adiantar as informações para dentro do nosso sistema, usando evidentemente os recursos mais modernos disponíveis na área da ciência da tecnologia da informação”, explicou Mesquita.