Pefoce participa de Encontro Nacional de Institutos Médico-Legais em Brasília
24 de junho de 2022 - 14:15 ##pefoce #comel #Debate #DNA Forense #encontro #Institutos Médico-Legais
A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) participa do 1º Encontro Nacional de Institutos Médico-Legais, em Brasília. Representada pelo médico perito legista José Mário de Lima Júnior, da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel), e pela perita legista Ana Claudia Sobreira, do Núcleo de Perícias em DNA Forense (NUPDF), o evento, que teve início na última quarta-feira, 22 e será concluído nesta sexta-feira, 24, apresentou como tema: “A importância da cooperação e coordenação interinstitucional em um país federado”.
O evento conta com médicos legistas de diversos órgãos de perícia do país, além de profissionais que atuam em genética forense e outras áreas, e médicos com atuação na área da saúde. Um dos objetivos do encontro é promover a coordenação, cooperação e comunicação entre instituições forenses no Brasil. O encontro também visa promover o diálogo entre as instituições federais do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e Ministério da Saúde.
O encontro nacional, pioneiro ao reunir gestores de todos os institutos e coordenadorias de medicina legal dos vinte e seis Estados e do Distrito Federal, foi organizado pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) e abriu as atividades que buscam resoluções e pareceres técnicos, com a finalidade de gerar uma linguagem comum e ações complementares entre os órgãos federais. Outra temática abordada foi o fortalecimento das instituições de perícia no nível das políticas públicas, de modo a responder às famílias com parentes desaparecidos e facilitar o intercâmbio de boas práticas no Brasil e no exterior.
Os participantes também debateram a necessidade de buscar soluções aos problemas relacionados à padronização dos processos e procedimentos de trabalho, a homologação da linguagem, entre outros. Além dos representantes do Ministério da Saúde, Ministério da Justiça e Segurança Pública, do Conselho Nacional de Dirigentes de Polícia Científica (CONDPC), a conferência contou com a participação de médicos legistas de outros países. No intervalo dos debates, os participantes realizaram visitas às instalações do IML, na sede da Polícia Civil do DF, e ao Instituto Nacional de Criminalística, na sede da Polícia Federal.
Experiência
O supervisor do Núcleo de Tanatologia Forense (NUTAF), o médico perito legista Mário Lima, falou sobre a importância de participar das mesas de debates e os benefícios que o encontro traz para as vivências com profissionais de outros estados e de fora do país. “Estamos sendo apresentados às experiências de países como México, Colômbia e Uruguai e promovendo o intercâmbio das boas práticas e experiências nos vários órgãos brasileiros de Medicina Legal, notadamente no que se refere à problemática das pessoas desaparecidas e não identificadas”, comentou.
As ciências forenses são determinantes em dar uma resposta às demandas de muitas famílias que desconhecem o destino de um familiar desaparecido e que, por isso, vivem em contínua incerteza. Foram debatidas melhores soluções para que as instituições forenses e os Estados possam oferecer a melhor e mais apropriada resposta às famílias de pessoas desaparecidas, promovendo uma atenção adequada aos familiares.
No âmbito da genética forense, a perita legista Ana Claudia contou que a experiência do encontro possibilitou o diálogo, a troca de experiências e a padronização de protocolos entre as instituições forenses, Ministério da Justiça e Ministério da Saúde. “Foi uma grande iniciativa em reunir os profissionais que atuam nos IMLs de todo Brasil e que são fundamentais no processo de identificação de pessoas. A genética tem sido uma aliada importante na busca por pessoas desaparecidas. Então me sinto muito honrada em representar o Núcleo de DNA Forense da Pefoce nesse evento e estou certa de que a sociedade é a grande beneficiada com a melhoria dos nossos serviços, para que possamos dar cada vez mais respostas aos familiares de pessoas desaparecidas” destacou.