Equipes da Pefoce identificam e liberam corpos das vítimas de acidente aéreo em São Benedito

18 de maio de 2020 - 18:38 # # # # # # # # # #

Ascom Pefoce

Diversas equipes da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) atuaram em um intenso plantão que durou cerca de 40 horas, desde a chegada dos peritos ao local da ocorrência até a identificação e liberação dos corpos das vítimas: Carlos Victor Sousa Rodrigues (29), Paulo Cesar Magalhães Costa (62), Samara Aline Felix (34) e Pedro José Ferreira de Meneses (55). As quatro pessoas morreram em um acidente aéreo, no interior do Estado, na noite de sexa-feira (15), na zona rural da cidade de São Benedito. O avião bimotor havia decolado do aeroporto da cidade de Sobral e seguia com destino ao Piauí, mas caiu no trajeto.

A complexidade do caso demandou uma operação de resgate com suporte do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) e inúmeras equipes da Pefoce. Houve o envio da equipe de peritos do Núcleo da Pefoce de Sobral. Nesse momento, em Fortaleza, as equipes de Medicina Legal, Odontologia Forense, Antropologia Forense, DNA Forense e Identificação Necropapiloscópica já se preparavam para receber as vítimas e o material oriundo do local da ocorrência.

Assim como em todos os casos atendidos pela Pefoce, o que se busca são respostas para os fatos. Muitas vezes, entre as primeiras coisas que procuram, é saber quem são as vítimas e como o fato ocorreu. No caso do acidente aéreo de São Benedito, não foi diferente, e para que essas primeiras respostas fossem dadas, os profissionais da Pefoce se empenharam na identificação das vítimas.

Contando com o apoio da equipe de resgate do bombeiros,  que fizeram  o combate aos focos de incêndio e a localização das vítimas, o trabalho delicado de identificação foi iniciado pela Pefoce, ainda no local do acidente. A equipe de peritos criminais realizou a coleta dos vestígios, fragmentos dos corpos e o agrupamento de todo o material para análise. Os peritos realizaram a perícia da dinâmica da queda do avião e fizeram a análise perimetroscópica, procedimento de constatação das lesões nos corpos e fragmentos. Estes e outros exames foram complementados pela Medicina Legal.

Protocolo DVI

Todo trabalho de resgate e identificação dos corpos seguiu o protocolo de atuação para situações de acidentes de massa, o protocolo internacional Disaster Victim Identification (DVI). O protocolo é necessaŕio para que as vítimas de desastres de massa sejam identificadas com métodos científicos. Para tal operação, diferentes equipes da área forense atuam em conjunto. Entres as formas de identificação está a Odontologia Forense, que consiste na análise e comparação da arcada dentária, anatomia da estrutura do crânio e mandíbula; a Identificação Necropapiloscópica, que coleta as impressões digitais das vítimas e compara com as impressões contidas em documentos oficiais;  o DNA Forense, que coleta amostras biológicas dos corpos e fragmentos das vítimas e realiza o confronto com amostra genética de parentes, e a Antropologia Forense, que realiza a análise de proporções anatômicas entre outros procedimentos em casos complexos.

Nessa ocorrência, as quatro vítimas da queda do avião foram identificadas pela Odontologia Forense, Antropologia Forense e pela Necropapiloscopia. O ágil e cuidadoso trabalho do resgate dos bombeiros evitou que os corpos fossem carbonizados, facilitando que as vítimas fossem identificadas por estes procedimentos mais rápidos. Ainda  na madrugada deste domingo (17), a Pefoce recebeu fragmentos dos corpos na sede da Pefoce, em Fortaleza. Contando com máximo empenho das equipes de plantão na identificação, ainda na manhã do domingo, as vítimas foram identificadas.

Causa do acidente

O laudo pericial que vai definir quais foram as causas e circunstâncias da queda do avião será realizado pelo Centro  de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira.

 

Ascom Pefoce