Toxicologia Forense contribui com o trabalho da Polícia Civil

26 de junho de 2019 - 18:14 # # # # # # #

Para que inúmeros crimes de tráfico de drogas sejam elucidados, a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) conta com o apoio do Núcleo de Toxicologia Forense (Nutof) da Coordenadoria de Análises Laboratoriais Forenses (Calf) da Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce). É o Nutof o setor responsável por fazer exames e análises que revelam substâncias tóxicas/venenos e drogas em amostras brutas e biológicas em humanos vivos e não-vivos. O núcleo também é destaque na identificação de drogas sintéticas.

A Toxicologia Forense da Pefoce produz, em média, 1.500 laudos de drogas brutas e cerca de 500 laudos de exames em amostras biológicas por mês. Todo o material analisado nos laboratórios da Pefoce de drogas brutas são oriundos de inquéritos policiais e de investigações para o combate ao narcotráfico em nosso Estado.

 

Drogas sintéticas

Nos últimos anos, as drogas sintéticas estão cada vez mais sofrendo alterações químicas e exigindo mais estudos e pesquisas para sua identificação, por este motivo são classificadas como ‘Novas Substâncias Psicoativas’ (NSP). Tais drogas já existem há alguns anos, mas estão sempre sendo modificadas para burlar as leis.

Neste quesito das NSPs, a Pefoce se destaca na identificação das alterações das moléculas que compõem tais novas drogas devido a um grande investimento em equipamentos e capacitação dos peritos, que precisam sempre se atualizar em toxicologia forense para contribuir com a Segurança Pública na implementação de novos métodos de análises. De acordo com a perita criminal e coordenadora da Calf, Manuela Cândido, apesar das NSPs, no nosso Estado, os tipos mais comuns de drogas que chegam à Pefoce ainda são maconha, cocaína e suas variantes.

Análise Biológica

Os exames de amostras biológicas são feitos com conteúdo extraído de suspeitos e também de vítimas vivas e não vivas. No caso dos mortos, os testes são realizados por solicitação da Coordenadoria de Medicina Legal (Comel) para atestar a causa de mortes suspeitas de ingestão de tóxicos, por exemplo.

Na Calf, em relação às amostras biológicas, as técnicas e os equipamentos utilizados pelos peritos do laboratório conseguem detectar, por exemplo, a presença de cocaína no sangue de alguém que morreu por overdose e, inclusive, quantificar a substância encontrada no organismo e fechar um caso de forma eficaz.