Galilei: O aplicativo da Pefoce pioneiro no nordeste que agiliza o trabalho do perito em local de crime

19 de outubro de 2018 - 11:55 # # # #

A Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce), já atua com um reforço tecnológico que tem auxiliado os peritos em locais de crime contra a vida e em ocorrências de trânsito. O aplicativo Galilei, que funciona em um dispositivo tablet, realiza digitalmente o registro das informações das perícias dos lugares de ocorrências, o que antes era feito por meio de anotações em pranchetas. Para que a nova ferramenta de trabalho chegasse a todos os peritos externos, foram adquiridos 40 tablets que foram distribuídos para peritos da Capital e dos sete Núcleos do Interior.

Entre as múltiplas vantagens do Galilei, os peritos ressaltam a praticidade em preencher com mais agilidade os itens predispostos no software com apenas alguns toques. Também foram beneficiados com as opções de capturarem com o tablet; imagens, áudios, vídeos, testemunhos e quaisquer elementos que considerem importante, ou que sirvam de provas para serem anexadas ao processo de elaboração de um laudo pericial.

Após 1 ano de desenvolvimento e, em uso experimental a mais de três meses, o aplicativo que os peritos forenses utilizam foi nomeado de Galilei, em homenagem ao cientista Galileu, considerado o ‘pai da ciência moderna’. A ferramenta de perícia externa foi elaborada pela equipe da Coordenadoria de Tecnologia da Informação (CTI) da Pefoce.

Sem custo financeiro, a ferramenta foi desenvolvida a partir da iniciativa e empenho da equipe técnica da CTI que criou o projeto-piloto e foi realizando os aprimoramentos junto a uma equipe de peritos experientes.

Conforme Rômulo Lima, responsável pela Coordenadoria de Perícia Criminal (Copec), o aplicativo é pioneiro no Nordeste e já chama atenção dos estados vizinhos que buscam informações sobre o Galilei. A Bahia, por exemplo, já mostrou interesse em assimilar a ferramenta. Ainda de acordo com o coordenador, a economia de tempo no trabalho dos peritos está sendo significativa. “Antes, com o papel, perdia-se muito tempo anotando. Agora, a otimização do trabalho melhorou em média 40%”, pontua.

Já no setor de desenvolvimento, Luciano Freire, coordenador da CTI, explica que além de toda a praticidade e a vantagem do registro multimídia, é válido ressaltar também a importância da segurança da informação. Com o dispositivo, os dados ficam resguardados em um sistema de dados. Ao final da perícia, o software agrupa as informações cedidas pelo perito e elabora um ‘pré-laudo’ que, ao chegar na Pefoce, o perito vai checar, incluir mais alguns detalhes e dar sequência na elaboração do laudo final.

Nesta primeira etapa de adaptação à nova ferramenta de trabalho, os peritos estão indo às ruas com seus tablets e suas pranchetas, porém, o processo de assimilação está em ritmo avançado e em pouco tempo todos atuarão integralmente com os equipamentos tecnológicos.

Entre os peritos que já usam o tablet com o Galilei, está a perita adjunta Sônia Silva, que atua em locais de crime contra a vida e em ocorrências de trânsito desde 1996. Com 22 anos de experiência na função, a perita conta que a nova ferramenta melhorou o seu trabalho. “O tablet tem agilizado os levantamentos periciais. E tornado mais prática a elaboração dos laudos, assim como armazenamento de fotografias dos casos”, avalia.